Cheguei em Miami em abril de 1998 e logo fiquei impressionado com o trânsito, que geralmente era tranquilo e sem engarrafamentos. As leis da Flórida são rigorosas e todo estabelecimento comercial, industrial ou de serviços tem que ter seu próprio estacionamento para atender sua clientela. Assim as ruas não ficam cheias de carros e o trânsito fica desimpedido e flui com facilidade. Poucas vezes tive tanto prazer em dirigir como na linda cidade de Miami.

Fiz esta viagem em companhia de meu amigo Rondon Gomes, que foi um grande companheiro e teve muita paciência de me esperar, já que ele é bem mais novo do que eu e anda bem mais depressa. Assim que chegamos, tomamos um ônibus da Hertz no aeroporto e fomos pegar o carro que havíamos alugado com grande antecedência.

Nós pedimos um Ford Fiesta e nos deparamos com um carro japonês, um Suzuki Esteem, por isto fomos ao balcão da companhia para saber o porque da troca. Nos disseram que, como reservamos e pagamos com antecedência, nós recebemos upgrade, aquele carro era bem superior ao Ford Fiesta. No início estranhamos, mas depois ficamos fãns do carro, que era muito macio, silencioso e com um ótimo motor, além de todos os opcionais de conforto da época.

Saímos deslizando por Miami com aquele carrão, o rádio tocando um jazz sensacional e nos sentimos os reis do pedaço, faltava só nos dirigirmos a Fort Lauderdale, na Grande Miami, onde ficaríamos hospedados e encontrar nosso hotel. Tivemos sorte, o hotel era simples, mas maravilhoso e nosso apartamento muito espaçoso, com sala, dois quartos, cozinha e banheiro, além da piscina que ficava bem em frente à porta do nosso apartamento, pois o hotel era térreo.

Além disto, logo descobrimos que o hotel ficava a um quarteirão da praia, na principal avenida da cidade. Nós escolhemos Fort Lauderdale porque é nesta cidade que ficava o maior shopping center do mundo, onde nós faríamos quase todas as nossas compras e porque ficava bem mais fácil realizar nossas viagens partindo desta bela cidade, como a incrível viagem que fizemos ao Centro Espacial da NASA e à cidade de Orlando, onde visitamos o Disney World e muitas outras atrações, como o Universal Studios e o Hard Rock Café de Orlando.

Na chegada ao hotel um susto, o gerente disse que não havia nenhuma reserva em nome de Rondon e que o hotel estava lotado, ficamos chocados porque fizemos a reserva com grande antecedência, mas logo o Rondon lembrou de perguntar se havia alguma reserva em nome de Gomes, pois lá o sobrenome vem antes do nome e deu certo, a reserva foi confirmada e nós entramos em nosso apartamento o suficiente apenas para deixar a bagagem e sair, queríamos fazer algumas compras e havia um supermercado nas proximidades. Depois fomos comer uma pizza no Vance Pizza.

O Sawgrass Mills, maior shopping center do mundo na época, era realmente enorme, tinha apenas um pavimento, mas se estendia por centenas de metros com lojas de todos os tamanhos e para todos os gostos, era tão grande que no final do segundo dia que estávamos passeando pelo shopping encontramos uma área de alimentação que ainda não havíamos visto, com uma lanchonete da rede Rain Forest. Eu nunca tinha visto um shopping tão extenso.

Depois de dois dias viajando para Orlando, voltamos a Fort Lauderdale para concluir nossas compras, nos despedirmos da Flórida e fazermos as malas para voltarmos ao Brasil. Foi uma viagem inesquecível, tudo saiu como o planejado, exceto uma gripe que eu peguei no Centro Espacial da NASA (estava chovendo) e a decisão de não visitarmos Tampa para ficarmos mais um dia em Miami, valeu a pena e creio que foi uma das melhores viagens internacionais que já fiz.

Lupércio Mundim